domingo, 23 de novembro de 2008
Pense por você mesmo
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Decisões
Eu ando pensando muito nisso. Passar um tempo "on your own" é um tremendo aprendizado em relação a isso. Sentar no banco do motorista da sua vida é bastante complicado, exige uma certa coragem, uma certa segurança. Significa que o ônus e o bônus de qualquer atitude tomada serão seus, e de mais ninguém.
Percebi que, na maior parte das vezes, as pessoas tentam fazer um seguro contra maus resultados, baseando suas decisões no senso comum, "deixando a vida lhes levar". Assim, agem da seguinte forma (mesmo que inconscientemente): Se algo der errado, no fundo o erro não é meu, mas da sociedade, dos seus pais, da vida, da sorte, do governo, de Deus...
Eu acho que o mundo só caminha quando paramos de esperar que alguém cuide de nós, e tomamos nossas próprias decisões. É assim que paradigmas são quebrados, sociedades se desenvolvem, e pessoas tornam-se verdadeiramente felizes e independentes. Enquanto acharmos que os nossos pais, nosso governo, nossos empregadores ou nossos deuses "nos dão cobertura", não pensaremos realmente sobre aquilo que escolhemos - porque já há alguém pensando por nós-, e, conseqüentemente, não atingimos o nosso máximo, o nosso ideal, a nossa independência. Somos apenas crianças mimadas, que não pensam no que fazem mas, quando percebem alguma falha, esperam alguém que os absolva.
Mas, quando temos a coragem de tomar nossas decisões, e assumimos nossas responsabilidades sobre nós mesmos, conseguimos uma paz interior incomparável. Nossas conquistas são nossas, só nossas, e são tão gostosas... Da mesma forma, nossos erros são nossos, só nossos, e são tão pesados e significativos...
Nós somos perfeitamente capazes da perfeição. Ou pelo menos, este deveria ser o objetivo. Essa história de achar que alguns traços de caráter são imutáveis é estúpida e diminutiva. Não faz juz à linda capacidade do ser humano de aprender e raciocinar. Na verdade, é pior do que isso. É nocivo. O ser humano só sobrevive devido à sua capacidade de aprendizado e raciocínio, essas são nossas armas evolutivas. Sem isso, estaríamos extintos. Se não queremos pensar, não queremos ser homens, queremos ser animais.
As decisões nada mais são do que ações conscientes, ou seja, são o final do processo de aprendizado. A partir de nossas experiências, de nossos inputs externos e do nosso raciocínio, escolhemos um determinado caminho a seguir. Não é fácil, dá medo, mas não tomar uma decisão é ainda mais amedrontador. Significa deixar nas mãos de outros, ou pior, do acaso, as nossas vidas. E por uma questão de insegurança...
Aliás, recentemente eu finalmente consegui entender a diferença entre segurança e certeza. Sentir-se seguro ao tomar uma decisão é fruto do grau de análise anterior à ação tomada. Não significa que tenhamos certeza de que algo vai sair como esperamos, mas sim que, dadas as variáveis analizadas, tomamos a melhor atitude.
Eu acho que decisão só é decisão quando envolve segurança. Senão é chute, é cego, é inumano.
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Quero-quero
Quero ultrapassar,
quero me abrir.
Eu escolho a felicidade,
Mesmo que inicialmente emulada.
Eu quero chorar de alegria,
Não quero mais engolir a tristeza.
Quero viajar em mim,
Quero ter certeza,
Quero criar,
Quero sorrir.
Quero me seduzir.
Me atrair por tudo aquilo que eu sou,
Que eu crio,
Que eu cuido.
Quero amar,
Quero arrumar,
Quero abrir o peito e tentar.
Abraçar minha vontade
Construir minha personalidade
Gozar do êxito de uma escolha bem feita.
O mundo é pequeno. Mínimo.
E meu coração é enorme. À prova de balas.
As possibilidades são infinitas.
Basta tentar.
- Diana em 23/05/2008
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Música
- Robert Browning
Não faço a mínima idéia de quem seja esse Robert Browning, mas acho essa frase perfeita. Estava discutindo gostos musicais com um amigo e parei pra pensar no porque eu gostava ou não de uma determinada música. Tinha ouvido essa frase há um tempo e imediatamente pensei nela.
Com certeza há uma explicação biológica para isso, mas a sensação de ouvir uma música que se encaixa perfeitamente no momento que se está vivendo é maravilhosa. É como se ouvir, se perceber, se aliviar. Permite, no momento seguinte, dar um passo atrás e olhar as coisas de uma forma mais clara. É catártico, sim. Mas depois da manifestação ID-ota de sentimentos, depois de ouvir sua voz na voz de outro, fica mais fácil pensar.
Então, fiquei pensando... Acho que gosto de músicas que me acompanhem, nos mais variados momentos da minha vida. Gosto de músicas que pareçam feitas pra mim, que dão forma sonora aos meus pensamentos (para efeito de clareza, não significa que eu goste de todas as letras de todas as músicas que gosto... a melodia e a emoção do intérprete estão, muitas vezes, mais sintonizadas comigo do que as letras).
Gosto também de músicas que me façam esquecer do mundo, que me façam querer dissolver e me tornar parte delas - é o caso de Hip Hop e Soul pra mim. Há algo de mágico no balanço e no quanto eu relaxo quando danço esses ritmos. Talvez tenha algo a ver com a minha freqüência cardíaca... Fui a uma Festa Phunk - que toca basicamente black music - em março, e o som estava simplesmente perfeito. Foi um momento de êxtase sensorial...
Ainda, há os casos de músicas que nos marcam por nos lembrarem alguém, algum momento, algum lugar, alguma fase da nossa vida... Eu sempre vou ficar emocionada ao ouvir "Sad Lisa", "Light Years", "Black Bird", "Coming back to life" e "Deep Water"; ou empolgada ao ouvir "O Salto", "Marcinho de Bangu" ou "Can't stop me now"... "Bohemian Rhapsody" sempre vai me lembrar a Marcelle, "Hips don't lie" a Natasha, "Papo de surdo e mudo" a Rebeca, "Metade" meu pai, "My way" minha mãe...
Música nos faz companhia, nos conecta, marca... Pra mim é uma lembrança melhor do que fotografias, porque carrega junto o que sentíamos, os cheiros, gostos, sensações, conclusões... É a expressão máxima da sensibilidade do ser humano e da sua capacidade de usar as mais variadas linguagens para construir algo simplesmente maravilhoso.
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"The fundamental difference between music and the other arts lies in the fact that music is experienced as if it reversed man’s normal psycho-epistemological process.
The other arts create a physical object (i.e., an object perceived by man’s senses, be it a book or a painting) and the psycho-epistemological process goes from the perception of the object to the conceptual grasp of its meaning, to an appraisal in terms of one’s basic values, to a consequent emotion. The pattern is: from perception—to conceptual understanding—to appraisal—to emotion.
The pattern of the process involved in music is: from perception—to emotion—to appraisal—to conceptual understanding.
Music is experienced as if it had the power to reach man’s emotions directly."
-Ayn Rand, em "The Romantic Manifesto"
terça-feira, 13 de maio de 2008
Madrugada
fria e desconfortável a qualquer toque,
quando mesmo os lençóis parecem hostis,
eu pulo de um pensamento ao outro,
sem parar, resolver, aprofundar.
Tirando dor de todas as conversas imaginárias,
sentindo a ausência na altura da cintura,
a falta de propósito, de preferência,
a tristeza inquieta de concluir
que as minhas reconhecidas qualidades
descendem das minhas piores e mais primordiais falhas de caráter.
Quero não me importar
achar dentro de mim o motor
aquilo que eu quero
alguma coisa que me fascine.
Quero decidir me fascinar
Ter a coragem de escolher minha vocação
Ter a coragem de não esquecer
Ter a coragem de perdoar
Ter a coragem de expulsar
Ter a coragem de absorver.
Passar do Hedonismo
Chegar na real liberdade.
- abril de 2008
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Insônia
Quando estava no ápice de uma crise bizarra de insônia (tinha dormido 2 horas na noite anterior, já eram 4h da manhã e eu ainda não tinha conseguido dormir) parei para analisar o que eu sentia naquele exato momento. Eu percebi que eu tinha a sensação de que o dia não tinha valido, porque eu não tinha produzido até então. Aí eu me dei conta de que quando eu produzo alguma coisa (aprendo alguma coisa, finalizo algum processo, ou mesmo coloco em prática algum plano antigo), eu durmo bem. Eu não tenho medo de dormir porque meu dia chegou ao fim. Quando não produzo nada, fico acordada para produzir alguma coisa. Estranho, não?
Sendo assim, o que eu preciso fazer para conseguir dormir é produzir, fazer alguma coisa que traga benefícios, que me adicione alguma coisa.
Produção gera cansaço. Cansaço gera sono.
terça-feira, 1 de abril de 2008
Boot
Agora eu existo.
Não vou apagar os posts anteriores. Ficam aí para me lembrarem se, por um lapso de caráter ou coragem, eu tornar a ser irracional.
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"My happiness is not the means to any end. It is the end. It is its own goal. It is its own purpose."
Minha felicidade. Minha.